Morre aos 56 anos produtor musical Miranda

Morre aos 56 anos produtor musical Miranda, jurado do programa “Ídolos”

Carlos Eduardo Miranda, popularmente conhecido como Miranda, que foi produtor musical e jurado do programa “Ídolos”, no SBT, morreu por volta das 20h desta quinta-feira (22). A informação foi confirmada por amigos próximos de Miranda.

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O produtor musical teria sentido uma forte dor de cabeça. Em seguida foi para o quarto e sentou-se na cama, onde veio a falecer. Miranda morre aos 56 anos e deixa mulher, a cantora e preparadora vocal Isabel Hammes, e a filha Agnes, de 2 anos.

“É verdade sim. Estou sem reação até agora”, disse o diretor de TV Ricardo Mantoanelli ao UOL, por telefone. “Infelizmente essa trágica notícia é verdadeira, acabei de saber. O Miranda era um cara absurdamente inteligente. O Brasil perdeu um cara do bem. É uma pena, uma pena mesmo”, afirmou Thomas Roth, aos prantos, também por telefone. Os dois eram amigos próximos de Miranda.

Miranda participou do programa “Ídolos” –derivado do programa britânico “Pop Idol”–, enquanto esteve no ar, entre os anos de 2006 e 2007. Ele também participou de outros programas com teor musical no SBT, como “Astros” e “Qual É o Seu Talento?

Natural de Porto Alegre (RS), Miranda começou a se destacar como produtor musical nos anos 1980. Foi ele quem fundou a Banguela Records, importante bancada para o rock da década de 90. Como empresário e produtor, lançou também Skank, Raimundos, O Rappa . Ele ainda foi o diretor musical do disco de estreia de Gaby Amarantos, “Treme”, lançado em 2012 com os hits “Ex Mai Love” (música de abertura da novela “Cheias de Charme”) e “Xirley”.

Hoje pela manhã, em uma das últimas atividades no Twitter, ele elogiou a MC Carol. “Ela é a melhor! A mais fod@! Minha ídola!”, escreveu, entusiasmado.

Assista abaixo o documentário “Sem Dentes”, que conta a história do selo Banguela Records, criado por Miranda e integrantes da banda Titãs.

Reação imediata

No Facebook, o grupo Skank soltou um comunicado lamentando a morte do produtor musical.

“O grande Carlos Eduardo Miranda foi uma figura seminal na nossa história. Foi ele quem chamou a atenção da imprensa do eixo Rio-SP sobre um quarteto que vinha de Minas Gerais e misturava reggae, pop, ska. Foi a chave que abriu a porta pro que viria depois.

Ele teria ainda grande contribuição ao longo da nossa carreira, especialmente no disco Maquinarama. Estamos muito tristes com a notícia de seu falecimento. Que sua travessia seja tão leve e divertida quanto a vida que ele levou aqui. Nossos pensamentos estão com sua filhinha Agnes e sua companheira, Bel. Vá em paz, amigo.” 

Digão, guitarrista da banda Raimundos, também prestou a sua homenagem a Miranda pelas redes sociais. “Vai em paz meu Mestre! R. I. P. Miranda”.

No Twitter, Arnaldo Saccomani publicou uma série de mensagens citando o amigo e antigo companheiro na bancada do programa “Ídolos”. “Meu herói”, escreveu.

No Instagram, o grupo O Rappa também se manifestou falando sobre “a grande importância de Miranda na nossa carreira”.

“Acabamos de saber da passagem de um grande cara. Esse aí da foto, cercado por discos foi responsável por algumas das coisas mais legais que já aconteceram na música brasileira contemporânea. 

Carlos Eduardo Miranda era antes de tudo um amante da arte. Jornalista, músico, produtor e mais do que tudo, um grande agitador cultural com uma grande importância na nossa carreira e de tantas outras bandas da nossa geração. 

Produziu o nosso Acústico MTV, um dos discos do qual temos mais orgulho e era grande parceiro do nosso também saudoso Tom Capone, com o qual já deve ter esbarrado noutro plano e deve estar pondo o papo em dia. Vai em paz, irmão, força pra sua família e fique com a certeza de que você não veio a este a passeio, sua obra por aqui é eterna!”

Gaby Amarantos, que trabalhou com Miranda, falou sobre os desentendimentos com o produtor musical e a superação da bronca.

Morre aos 56 anos produtor musical Miranda

“O Miranda me dava uns ‘coió’ de amigo, a gente ficou um tempo afastado, mas quando eu perdi a minha mãe, ele me ligou e fizemos as pazes. Ainda bem que a gente se abraçou e riu juntos, a vida é um sopro. Não esperem para se reconciliar e perdoar alguém.”

Fonte: UOL