Me tornei uma pessoa pública para ser cantora

Me tornei uma pessoa pública para ser cantora, não pra falar de política, diz Ivete

Se você é fã, certamente já viu Ivete Sangalo falar sobre MUITOS assuntos: música, seus fãs, seu filho, sua infância e até mesmo sobre questões sérias, como homofobia.

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No entanto, pode perguntar e insistir, a diva baiana não fala sobre política, de jeito nenhum. Em entrevista ao programa de Amauri Jr., Ivete finalmente explicou o motivo de ser tão discreta sobre sua escolha nas urnas e até mesmo sobre a atual crise política que o Brasil atravessa.

“Você tem muito poder, o que você falar passa a ser uma ordem e tem uma ressonância fantástica… Você nunca pensou em interferir?”, perguntou o apresentador.

“Eu vou te falar uma coisa: A responsabilidade está exatamente ai. Quando eu me tornei uma pessoa pública, eu me tornei porque sou uma cantora. É um equívoco muito grande achar que um artista, ele tem que dar opinião sobre assuntos dos quais ele não tem total compreensão. Isso é irresponsável.

Eu poderia muito bem me colocar à frente, fazendo discursos de arroubos de circunstâncias das quais eu não tenho total controle nem noção, pois têm assuntos que você vai passar uma vida inteira e não vai compreender. Já outros, você tem total convicção. Mas eu não gosto de levantar assuntos sobre os quais eu não vou ter responsabilidade para assumir até o fim dessa caminhada.

O que eu propus ao público foi ser uma cantora. Responsabilidade, aquele tem que ter quando se propõe a ser um político, alguém que veio para transformar, é realmente transformar. Essa é a grande responsabilidade. A minha responsabilidade paira sobre os meus shows, e sobre falar de coisas que sejam de comum acordo e que jamais mudarão na minha cabeça, como: a homofobia, que é crime, tem que prender [os agressores].”

Ivete, que recentemente falou sobre um caso de agressão de um casal de fãs em uma apresentação sua em São Paulo, falou ainda sobre a importância de que a lei seja aplicada. “Tem que fazer valer essa lei, porque isso é um absurdo.

Não existe um porquê de alguém agredir outra pessoa por uma orientação sexual, por uma religião, por uma cor de pele, por sexo, por classe social, porque o elevador social, elevador de serviço, não. Dai eu vou até o fim.”

Rainha é rainha, né amores?

Assista a entrevista:

https://www.facebook.com/deolhonewsoficial/videos/147177389563245/