Mais de 50 mortos em Las Vegas no pior tiroteio nos Estados Unidos

Mais de 50 mortos em Las Vegas… Atacante era um residente na cidade e disparou sobre uma multidão num concerto a partir do 32.º andar de um hotel.

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Pelo menos 50 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na noite de domingo (manhã de segunda-feira em Lisboa) em Las Vegas, estado norte-americano do Nevada, quando um atirador abriu fogo sobre uma multidão que assistia a um concerto num festival de música country.

Perante o novo balanço de vítimas, este é já considerado o mais mortífero tiroteio de sempre nos Estados Unidos, superando o massacre da discoteca Pulse, em Orlando, em 2016, quando 49 pessoas foram mortas por um atirador, posteriormente abatido pela polícia.

Trata-se de Stephen Paddock, um residente da cidade de 64 anos. Em conferência de imprensa, o xerife do condado de Clark, Joe Lombardo, descreveu o atacante como um “lobo solitário”, excluindo para já qualquer ligação a grupos terroristas. No quarto de hotel a partir de onde disparou foram encontradas “várias armas de fogo”, disse Lombardo.

Os disparos sobre o festival de música em Las Vegas foram feitos a partir do 32.º andar do Mandalay Bay Hotel and Casino, um dos principais hotéis da cidade, situado na Strip, a zona dos populares casinos. O massacre terá durado mais de cinco minutos.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, expressou “profundas condolências” aos familiares das vítimas num ataque que qualificou como “terrível”.

PÚBLICO -

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O Mandalay Bay, numa imagem de arquivo REUTERS/ETHAN MILLER/ARQUIVO

A polícia metropolitana de Las Vegas afirma que o presumível autor do ataque acabou por ser morto a tiro por agentes que tiveram de forçar a entrada no quarto de hotel do atirador com recurso a explosivos. Marilou Danley, uma mulher de 62 anos que era colega de casa do suspeito e que estava a ser procurada pela polícia, foi entretanto encontrada. Será uma testemunha relevante para a investigação e não uma cúmplice do atirador.

Nas redes sociais, foram publicados vídeos que mostram milhares de pessoas em fuga do recinto do festival, onde estariam cerca de 40.000 espectadores, sendo claramente audíveis dezenas de disparos em rajada.

“Parecia fogo-de-artifício”, descreveu Steve Smith, que estava a assistir ao concerto. “Provavelmente [o homem disparou] cem balas de cada vez. Parecia que ele estava a recarregar e depois continuava a disparar”, disse Smith, citado pela Reuters.

As autoridades já identificaram um dos mortos como um agente policial que não estava em serviço.

Jason Aldean, o músico country que actuava no momento do ataque, publicou um depoimento no Instragram. “O que aconteceu esta noite foi para lá de horrível. Ainda não sei o que dizer mas queria que todos soubessem que eu e a minha banda estamos bem”, escreveu.

“Dói-me o coração que uma coisa destas aconteça a quem tinha vindo apenas aproveitar o que deveria ter sido uma noite divertida”, declarou o artista.

O aeroporto de internacional McCarran, que serve a região de Las Vegas, no estado do Nevada, esteve temporariamente encerrado por precaução, mas já foi reaberto. O Facebook activou o mecanismo de verificação de segurança para que os utilizadores naquela zona possam comunicar a familiares e amigos se estão bem.

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