Mãe, filho e irmã de traficante Marcinho VP foram assaltadas no Rio

À beira do ridículo

A White Martins vai tirar sua fábrica de equipamentos de Cordovil, bairro com alto índice de criminalidade no Rio, e levá-la para Sorocoba. Oficialmente, a empresa fala em questões logísticas. Mas a violência pesou.

Leia mais: Jovem é presa por traficar cocaína ‘em troca de likes no Instagram’  

Aliás, a situação da segurança no Rio é tão calamitosa que não respeita nem os os bandidos. No espaço de apenas um ano, a mulher, o filho e a irmã do traficante Marcinho VP foram assaltados.

Leia mais: Evangélica que faz filmes ADULTOS diz que trabalho não interfere na religião

Leia mais: Filha de ator ricaço vira atriz adultos e ele revoltado tem atitude espantosa.

Após o decreto de intervenção do presidente Michel Temer (MDB), as Forças Armadas assumiram o comando da segurança pública no Rio de Janeiro. Ante a expectativa sobre a atuação dos militares, uma questão fica pendente entre os moradores: a medida vai resolver a situação da violência no Rio?

Para responder a esta questão, o UOL foi às ruas ouvir a opinião de moradores da capital fluminense.

O decreto, assinado por Michel Temer na sexta-feira (16), nomeou o general do Exército Braga Netto, atual líder do CML (Comando Militar do Leste), o “governador” da segurança no Estado. Ele passa a controlar a Polícia Civil, a Polícia Militar, os bombeiros e administração penitenciária.

Desde 1988, ano da promulgação da Constituição, o país nunca teve uma intervenção federal. O decreto vale até 31 de dezembro, último dia do mandado do governador Luiz Fernando Pezão (MDB).

Ministros da área de segurança afirmaram que a população perceberá um sistema de segurança “mais robusto”. Ainda não está claro se os militares irão participar ou não do policiamento ostensivo do Estado.

Desde julho, cerca de 10 mil agentes das Forças Armadas podem ser acionados para reforçar a segurança do Estado através de um decreto de GLO (Garantia de Lei de Ordem). Até então, de acordo com o Ministério da Defesa, os militares atuavam como uma “força auxiliar”, focada em cercos a favelas e ações de inteligência.

A decisão federal vem na esteira de um Carnaval violento, com casos de espancamentos, arrastões e tiroteios amplamente exibidos pela televisão, em que o próprio governador Pezão admitiu que o Estado não “estava preparado” para a festa, maior evento anual do Estado.

O Rio vive uma escalada de violência. Em 2017, 134 policiais foram assassinados e outras 1.124 pessoas morreram em confrontos com a polícia –o ano também teve o maior número de casos de letalidade violenta registrados desde 2009.

Desde setembro, traficantes se enfrentam pelo controle da venda de drogas na região da Rocinha, zona sul da capital fluminense. Em agosto, o governo do Rio decidiu reduzir em 30% o efetivo das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) como forma de aumentar o número de policiais nas ruas, movimento que foi considerado um recuo no programa implantado em 2008 para tentar retomar áreas dominadas pelo tráfico de drogas.

Pesquisa Datafolha de outubro mostra que, se pudessem, 72% dos moradores dizem que iriam embora do Rio por causa da violência.

Fonte: veja e uol