Lula

Em evento em Alagoas, Lula disse que intercedeu pelos criminosos porque eles haviam começado uma greve de fome

O empresário Abílio Diniz contou, em entrevista, detalhes de seu sequestro em dezembro de 1989 e disse que tinha certeza que iria morrer ao ser levado ao cativeiro que permaneceu por seis dias em São Paulo. O ex-dono do Pão de Açúcar descreveu o local em que ficou a maior parte do período como um sufocante e avaliava que não conseguiria sobreviver por muito tempo.

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“Me colocaram nessa casa do Jabaquara [bairro de São Paulo] e tinha um buraco nesta casa, tipo um porão, e uma escadinha. E dentro deste porão eles construíram uma caixa, um caixote grande, e levaram para baixo, e me puseram dentro do caixote”, contou.

Diniz foi finalmente libertado na tarde de domingo, completando mais de seis dias em poder dos sequestradores. Participaram do crime cinco chilenos, dois argentinos, dois canadenses e um brasileiro, todos membros do MIR.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa sexta-feira (17) que, em 1998, procurou o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, para pedir que ele libertasse os sequestradores do empresário Abílio Diniz. Na época, eles estavam presos havia 10 anos e tinham começado uma greve de fome.

Diniz apresenta o programa Olhares Brasileiros, da CNN Soft. Durante evento em Maceió, o petista disse que também conversou com o então ministro da Justiça, Renan Calheiros.

“Esses jovens, tinha argentinos, tinha gente da América Latina, ficaram presos 10 anos. Teve um momento que eu fui conversar com o Fernando Henrique Cardoso porque eles estavam em greve de fome e iam entrar em greve seca, que é ficar sem comer e beber. A morte seria certa. Aí, então, eu fui procurar o ministro da Justiça, chamado Renan Calheiros.”

Diniz foi sequestrado em dezembro de 1989. Ele permaneceu seis dias em cativeiro em São Paulo, no porão de uma casa no bairro do Jabaquara. A polícia localizou o endereço a partir do cartão de uma oficina encontrado em um dos veículos usados no sequestro.

Lula disse que, durante sua conversa com FHC, ele disse que, soltando os presos, o então presidente poderia entrar para a História “como um democrata”, evitando que “ 10 jovens que cometeram um erro” morressem na cadeia. O petista afirmou que FHC concordou em libertar os presos se eles interrompessem a greve de fome.

“E eu fui na cadeia no dia 31 de dezembro conversar com os meninos e falar: ‘Olha, vocês vão ter de dar a palavra para mim, vocês vão ter de garantir pra mim, que vão acabar com a greve de fome agora, e vocês serão soltos. Eles respeitaram a proposta, pararam a greve de fome e foram soltos. E eu não sei onde eles estão agora.” Fernando Henrique Cardoso e Renan Calheiros foi procurado para comentar as declarações de Lula, mas ainda não obteve resposta.

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