Leilão de menina de 16 anos pelo Facebook

Leilão de menina de 16 anos pelo Facebook

Uma fotografia da jovem foi publicada na rede social no dia 25 de outubro.

Leilão de menina de 16 anos pelo Facebook

Uma garota de 16 anos do Sudão teve seu casamento leiloado no Facebook e a plataforma foi criticada pelo “uso bárbaro da tecnologia”. De acordo com a organização de direitos das crianças Plan International, a garota foi escolhida por cinco homens, sendo alguns supostamente funcionários de alto escalão do governo do país. O pai da criança recebeu 500 vacas, três carros e US$ 10 mil em troca de sua filha. As informações são da CNN. Leilão de menina de 16 anos pelo Facebook

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Uma fotografia da jovem foi publicada na rede social no dia 25 de outubro. O processo foi rápido e no dia 3 de novembro realizou-se o casamento com o empresário.

A empresa disse à CNN que retirou o anúncio quinze dias após ser postado, assim que teve conhecimento do ocorrido. Porém, o leilão já tinha acontecido.

“Qualquer forma de tráfico humano – seja de posts, páginas, anúncios ou grupos – não é permitida no Facebook. Nós removemos a postagem e desativamos permanentemente a conta pertencente à pessoa que postou isso”, disse um porta-voz da empresa em um comunicado.

O diretor da ONG Plan International, George Otim, disse à CNN que oferecer pagamentos faz parte da cultura do país, mas que, neste caso, “foi levado para outro nível por causa da tecnologia”. A organização pediu ao governo do país que investigue e afaste qualquer funcionário envolvido neste leilão.

Otim disse ao canal que a solução para prevenir casamentos com crianças é tentar manter as meninas na escola. De acordo com a Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), 52% das meninas no Sudão do Sul casam antes dos 18 anos. Eles acreditam que muitas famílias creem que o casamento infantil pode ser uma forma de ajudá-las a escapar da pobreza.

O valor elevado deste leilão pode agora inspirar outras famílias do Sudão do Sul a fazerem o mesmo, temem ativistas, pedindo às autoridades e à rede social para tomarem medidas mais duras para evitarem este tipo de casos.

(Revista Isto É)