Nova perícia no corpo de miliciano por suspeita de tortura

A Justiça da Bahia determinou, no início da noite desta terça-feira (18/02/2020), uma perícia no corpo de miliciano Adriano da Nóbrega, morto no último dia 9 de fevereiro durante uma operação policial em Esplanada (BA). O pedido de uma nova perícia havia sido feito pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), segundo o qual ainda é necessário esclarecer as circunstâncias da morte do ex-PM do Rio de Janeiro, incluindo a trajetória dos tiros.

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Por enquanto ainda não há um laudo definitivo da primeira necrópsia, apenas informações preliminares de que Adriano da Nóbrega teria sido atingido por dois tiros, “a pelo menos 1,5 m de distância” e sem sinais de tortura.

A decisão judicial desta terça inclui mais uma proibição de cremação do corpo do miliciano e uma ordem para que o cadáver seja mantido sob refrigeração no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, justamente para a feitura da necrópsia “complementar”. O texto também estipula que sejam repassadas as gravações dos rádios usados pelos agentes policiais no dia da operação e determina a realização de exames papiloscópicos (coleta de impressões digitais) nas munições não deflagradas da pistola encontrada com o miliciano.

perícia no corpo de miliciano

Também nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou ter pedido a realização de uma “perícia independente” para averiguar a morte de Adriano. “Já tomei as providência legais [para] que seja feita uma perícia independente, que sem isso você não tem como buscar até, quem sabe, quem matou a Marielle. A quem interessa não desvendar a morte da Marielle? Os mesmos a quem não interessa desvendar o caso Celso Daniel”, disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada.