Geraldo Alckmin

Partidos que participam da negociação para chapa conjunta com Lula elevam pressão sobre o ex-tucano Geraldo Alckmin e ameaçam buscar outros planos para 2022

Cresce entre quem participa ativamente das negociações entre o ex-governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Lula a tese de que o ex-tucano corre o risco segundo a coluna de Clarissa Oliveira, na Veja, de ficar a ver navios no processo de negociação para uma chapa conjunta no ano que vem. O PSB, um dos partidos que podem filiar Alckmin, segue demonstrando insatisfação com a dificuldade de amarrar acordos em Estados estratégicos como São Paulo. O PSD, outro possível destino do ex-governador, começa a falar em apertar o prazo por uma definição para que possa buscar outro candidato ao governo de São Paulo.

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Diante desse quadro, o tempo para Alckmin decidir seu futuro pode ser menor do que o ex-governador gostaria. Certamente menor que o prazo fixado por Lula para confirmar sua própria entrada na corrida presidencial, em março de 2022.

No caso do PSB, o partido custa a conseguir uma contrapartida do PT para um acordo. O Estado onde há o conflito mais importante é São Paulo, onde o ex-governador Márcio França, dono de um recall nada desprezível da última eleição, quer a desistência de Fernando Haddad para patrocinar um acordo. Não é mistério para ninguém que Haddad não morre de amores pela candidatura ao governo paulista. Mas os bons números nas pesquisas e a insistência do PT em protagonizar o processo o amarram no páreo.

Se o PSD perder a paciência e sair em busca de outro candidato ao Palácio dos Bandeirantes já na virada do ano, como se ventila nos bastidores, a pressão sobre Alckmin aumenta significativamente.

O terceiro partido com o qual Alckmin vem conversando para se filiar o Solidariedade. Mas a legenda já está amarrada na candidatura de Rodrigo Garcia ao governo paulista e só serve ao propósito de Alckmin se for para indicá-lo para a vice de Lula. E o palanque no maior colégio eleitoral do País ficaria para lá de complicado.

Das conversas tidas pela coluna com três políticos envolvidos nessa negociação, emergem duas hipóteses desanimadoras para o ex-governador. Primeiro, Lula está “ripando” Alckmin, decretando a morte política do ex-governador. Segundo, Alckmin perdeu o timing e ganharia mais se garantisse chances de disputar o governo paulista.

Pode até ser que nenhuma das previsões mais pessimistas vingue e que a chapa Lula-Alckmin saia no ano que vem, no último minuto. Mas, para isso, todos os envolvidos vão ter que se esforçar bem mais do que fizeram até agora.

Um minuto, por favor…

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