O Novembro Negro, se estenderá por todas as regiões da cidade levando paz e o branco de Oxalá

 

Ao som dos atabaques em reverência aos orixás, mães, pais e filhos de santo reafirmaram a resistência da religião de matriz africana nesta quinta-feira (30) busca de paz, com a Alvorada dos Ojás. Unidos num ritual de devoção, os religiosos amarraram uma a uma as árvores da Praça João Thiago dos Santos no Centro de Lauro de Freitas com tecidos brancos utilizados durante as obrigações do candomblé. “É a afirmação da ancestralidade africana com o elemento vivo, uma maneira de buscar relações positivas reafirmando o amor e o respeito”, explicou o superintendente da Igualdade Racial, Paulo Aquino.

O ato, alusivo ao Novembro Negro, se estenderá por todas as regiões da cidade levando o branco de Oxalá. O objetivo, segundo os organizadores, é exigir respeito e combater a intolerância religiosa, além de pedir paz para os laurofreitenses. A coordenadora Executiva da Superintendência de Promoção da Igualdade Racial (Supir), Claudia Santos, disse que a Alvorada dos Ojás é uma manifestação pacífica e que prega a união, o respeito e a paz, e, que as garantias estão asseguradas na Constituição.Encerrando as ações do Novembro Negro, neste sábado (2), será realizada a Caminhada ‘A cor da cidade’. A concentração será às 9h na Terraplac, na Itinga, em Lauro de Freitas, e segue em direção ao Largo do Caranguejo ao som de grupos percussivos, de capoeira, hip hiop e outras manifestações que simbolizam o povo negro. “Juntos vamos conscientizar, manifestar e lutar”, frisou Aquino.pazA Caminhada é também um momento de afirmação. Cláudia Santos lembra que 85% dos moradores do município são afrodescendentes e a proposta é retratar a história e a luta de resistência do povo negro, tendo como objetivo o resgate da juventude negra e do povo de Santo. “É um momento de reflexão, voltado para articulações políticas dos movimentos negros do município, que busca combater o preconceito racial e sensibilizar as pessoas para a mensagem de que ser negro é orgulho e não motivo de vergonha e discriminação”.

Fonte: informebaiano