Escândalo com esposa de Bolsonaro

Escândalo com esposa de Bolsonaro pode antecipar tutela militar

Aparentemente, o reinado da família Bolsonaro chegou ao fim antes mesmo de começar. Reeditou-se o caso da viúva Porcina. Escândalo com esposa de Bolsonaro…

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A reportagem “Coaf relata conta de ex-assessor de Flávio Bolsonaro”, de Fábio Serapião, informa sobre relatório do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que identificou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleitor Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

O documento consta da investigação que resultou na Operação Furna da Onça, do mês passado, que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A parte politicamente mais grave do relatório foi a identificação de um depósito de R$ 24 mil na conta de Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama.

Nenhuma medida foi tomada contra o motorista Fabrício José de Queiroz nem contra Flávio Bolsonaro.

Na primeira semana após as eleições, Flávio e o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciaram a intenção de ir a Israel adquirir drones para trabalhos de segurança. Está semana, Witzel ampliou as intenções de compra para US$ 300 milhões, antes mesmo de um diagnóstico sobre o setor.

O relatório da COAF  amenizará a sede de ambos. Mas o estrago que irá causar certamente abreviará a era Bolsonaro e antecipará a era militar.

Por Luis Nassif

Michelle trabalhou como funcionária da Câmara entre 2006 e 2008. No período, ocupou o cargo de secretária parlamentar nos gabinetes dos ex-deputados Vanderlei Assis (PP-SP) e Dr. Ubiali (PSB-SP). Em 2007, a esposa de Bolsonaro foi nomeada para uma posição na liderança do PP – sigla do político carioca, na época –, na qual permaneceu entre junho e setembro.

Em 18 de setembro de 2007, a funcionária foi nomeada para o gabinete de Bolsonaro, também como secretária parlamentar. Contudo, a brasiliense acabou exonerada em novembro de 2008, após uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) emitida em agosto daquele ano proibir a contratação de parentes de até terceiro grau.