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Rio: Farm é criticada por ação de vendas após morte de grávida baleada no Rio

‘Kathlen vai trabalhar mesmo depois de assassinada’, diz comentário

Rio de Janeiro: Kathlen Romeu, 24 anos, morta durante troca de tiros entre a polícia e suspeitos de tráfico, trabalhava em uma loja da Farm. Após a morte da jovem, que estava grávida de 4 meses, a marca divulgou o código de vendedora de Kathlen e afirmou que reverteria o valor da comissão de cada venda feita usando-o para a família dela. A Farm disse ainda que vai prestar suporte psicológico e emocional aos funcionários.

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A ação da marca não foi bem vista nas redes sociais. A crítica é de que em meio à morte de Kathlen, a empresa está tentando vender produtos e faturar, já que só a comissão será revertida para a família da vítima, e não o valor das compras. “Vocês estão colocando uma funcionária preta pra trabalhar depois de morta. O ano é 2021”, comentou um internauta no post da publicação no Instagram.

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Kathlen Romeu, 24 anos, morta durante troca de tiros

A Farm não vai reverter o lucro de vendas com o cupom KATHLEN para a família da Kathlen. A Farm vai reverter somente a comissão das vendas. Comissão que os vendedores recebem pelo trabalho. A Farm está fazendo a Kathlen trabalhar para eles, mesmo depois de assassinada”, diz um tuíte sobre o tema que viralizou. 

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“A polícia matou a minha filha”, diz mãe de Kathlen Romeu, grávida assassinada no Rio

Nesta quarta (9), Jackeline de Oliveira Lopes, mãe de Kathlen Romeu, grávida de 14 semanas que foi assassinada durante uma operação da polícia na comunidade do Lins, conversou com a imprensa na porta do Instituto Médico-Legal (IML). No discurso, que repercutiu nas redes sociais, ela falou sobre a violência no local e nos tiroteios recorrentes. “Se a minha filha fosse morta por bandido eu não falaria nada com vocês, porque eu sei que eu moro em um lugar que eu não poderia falar. Então ficaria na minha. Mas não foi. Foi a polícia que matou a minha filha. Foi a PM que tirou a minha vida, o meu sonho”, começou ela.

De acordo com o laudo do IML, Kathlen e o bebê morreram com um tiro de fuzil no peito. “Parem de matar gente. Essa bagunça está no Lins há muito tempo. Eu me mudei do morro no dia 24 de abril, se não me engano. Estou todo este tempo sem ver a minha mãe direito, vi só duas vezes. E a ela falando: ‘Não vem aqui, pois todo mundo está relatando tiroteio a esmo'”, continuou Jackeline.

A família de Kathlen, de 24 anos, contesta a versão da polícia. “Avisa ao major Blaz que esta historinha que é contada há anos na televisão que foi troca de tiros, que a polícia foi recebida a tiros. Quem foi recebida a tiros foi a minha filha. Eu fui informada por todos de que não foi troca de tiros. A polícia estava dentro de uma casa, viu os bandidos e atirou. Se a polícia estava dentro de uma casa, porque não olhou quem estava passando? Se eles estavam de tocaia, eles têm que ter cuidado. Na favela não mora só bandido”.

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