Mãe de recém-nascido é surpreendida por bilhete deixado embaixo da porta
O que você faria se ouvisse o bebê da sua vizinha chorando muito? Mulher dá uma aula de empatia ao se oferecer para “ajudar com o que fosse preciso”
É tão comum ver relatos de mães que são hostilizadas por conta do barulho do choro de seus bebês, que quando alguém se dispõe a ajudá-las a ficha até demora a cair. Foi o que aconteceu com a jornalista Bárbara de Oliveira Neves, 29 anos, que é mãe de Luisa, 3, e Bernardo, 1 mês. Mãe de recém-nascido é surpreendida por bilhete.
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Num dia bem turbulento, ela saiu para levar o remédio de asma da filha na escola e depois passou no supermercado. Na volta para casa o bicho pegou e Bernardo começou a chorar sem parar. Ela subiu com as compras e o bebê nos braços, já bem tensa. Mal pisou o pé em casa e a campainha tocou. Bárbara tentou atender, mas não deu tempo.
E para sua aflição, um bilhete foi deixado embaixo da porta. “Eu já esperava que fosse uma reclamação e, sinceramente, não estava pronta para mais um momento de tensão naquele dia. Então, li o bilhete, fotografei e mandei para o WhatsApp do meu marido, para ele checar se eu tinha entendido direito o que está escrito”, disse, em entrevista à CRESCER.
O conteúdo do bilhete era uma grande aula de empatia. A vizinha do casal, Karla, estava se colocando à disposição para ajudar Bárbara com o que fosse necessário. “Ficamos tão chocados que relemos o bilhete até entender que realmente era real a boa intenção”, conta. O bilhete dizia o seguinte:
Bom dia. Quero dizer que se você precisar de alguma ajuda, inclusive, de levar seu bebê ao hospital, etc, eu estou disponível para ajudá-la no que for preciso. Desculpe a intromissão, minha intenção é que você saiba que a qualquer momento e para qualquer circunstância, eu estou aqui. É só chamar.
Ainda emocionada, Bárbara bateu na porta de Karla para agradecer pelo gesto tão nobre. As duas se abraçaram e logo Karla contou que via que a vizinha ficava sozinha e sabia como era difícil cuidar de criança pequena, ainda mais duas. Karla também é mãe de dois filhos, que já estão adolescentes. “Ela se disponibilizou até em me trazer qualquer mantimento ou produto que falte em casa, só para que eu não tenha que sair correndo e ir para o mercado. Disse que o carro dela também estava à disposição. Fiquei realmente surpresa, diz.
O marido de Bárbara voltou ao trabalho na última semana e tanto os pais quanto os sogros dela moram em cidades afastadas. Por isso, essa ajuda foi mais que bem-vinda. Bárbara também compartilhou seu relato no Facebook, dando à história o título de “O bilhete da Karla”. Veja abaixo:
Bebês choram. É natural, é o jeito que eles têm de se comunicar com a gente. Alguns choram mais que outros. Nessa jornada inicial de ser mãe de dois, tenho descoberto – entre outras coisas – que Bernardo chora mais que a Luísa, ainda que não chore muito. Meu menino tem sofrido um bocado com cólicas, o que faz parte do processo de crescimento dele… Os dias têm sido cansativos, apesar de todo amor. Numa dessas manhãs, depois de uma saída rápida de casa, subi as escadas com ele chorando forte. Entramos em casa e o choro continuou. Minutos depois a campainha tocou. Imersa nos cuidados com o pequeno, não consegui atender a tempo. Alguém deixara um bilhete em baixo da porta… Passaram-se alguns minutos até criar coragem para pegar o papel, meia hora talvez… Imaginava que ali havia o recado de alguém de pouca empatia, que de certo devia estar incomodado com o choro do meu pequeno. Afinal, todo mundo tem um palpite, um pitaco, um comentário impensado para fazer com uma mãe. Foram momentos de tensão até, finalmente, pegar o papel para ler… O bilhete (foto) trazia o recado da Karla, uma vizinha. No papel, assinado, com nome e telefone celular, ela se colocava a disposição para caso eu precisasse de alguma ajuda. Custei a acreditar no que li! Mas passado o susto, fiz questão de, pessoalmente, agradecer. Se tem uma coisa que a maternidade me ensina, todo dia, é que esse mundo tem jeito! Obrigada, Karla!