Mancini assumiu a equipe com quatro derrotas seguidas – com o agravante de 13 gols sofridos nesses jogos

Foto: Maurícia da Matta/EC Vitória (Mancini tem bom aproveitamento à frente do Vitória)

O discurso de “já caiu”, propagado por parte da torcida do Vitória e da própria imprensa, agora é repreendido com veemência. Com a chegada do técnico Vagner Mancini, o Leão só faz reagir. Ganhou uma nova vida, voltou a vencer e começou a convencer.

Nos 16 primeiros jogos, o time foi comandado por três técnicos diferentes: começou com Petkovic, foi treinado em seguida por Alexandre Gallo e teve Flávio Tanajura como interino, por apenas uma rodada. Somados, os três treinadores fizeram 12 pontos, de 48 possíveis, o que dá um baixo aproveitamento de 25%.

Mais precisamente, o time fez quatro jogos com Pet: empatou um e perdeu três. Um ponto. Com Gallo, das 11 partidas, foram 11 pontos, com três triunfos, dois empates e seis derrotas. Tanajura comandou a equipe apenas contra a Chapecoense e perdeu.

Não é que Mancini seja um salvador da pátria, ou algo assim. Mas o fato é que, desde que ele chegou , o Vitória mudou. E para melhor. Muito melhor. O treinador passou óleo na engrenagem, que começou a girar. Empolgação, liderança, um esquema de jogo mais adequado às peças. Não dá para explicar o que fez o time acordar, porém parece que o Leão finalmente despertou.

Mancini assumiu a equipe com quatro derrotas seguidas – com o agravante de 13 gols sofridos nesses jogos. Estreou com um empate em 0x0 com o Cruzeiro, acabou com um jejum de seis jogos sem vencer em casa ao bater a Ponte Preta por 3×1 e, de quebra, venceu o Flamengo em plena Ilha do Urubu, no Rio: 2×0. Foi a primeira vez que o Vitória venceu dois jogos seguidos nesse Brasileirão. E mais: sofreu apenas um único gol e marcou cinco. Aproveitamento de 77,8%.

O time foi tão bem que arrancou elogios do próprio treinador. “Importante falar sobre o sistema defensivo, que se comportou muito bem. Tomamos apenas um gol nesses três jogos, num chute de fora da área que poderia ter sido evitado. É muito importante quando você quer escapar, que a defesa te dê segurança, porque é o equilíbrio de todo o time. A sua parte defensiva tem que passar o que estou vendo nos jogos, que é uma segurança capaz de proporcionar uma posição boa”, disse.

Claro, não é para criar euforia, clima de já ganhou, nem mirar Libertadores agora, mas já é pra se animar, sim. O rubro-negro está totalmente vivo na briga para se manter na Série A. A distância para o 16º, primeiro time fora da zona, que era de cinco pontos quando Mancini assumiu, passou a ser de três pontos.

Fernando Miguel fala sobre clima na Toca do Leão (Foto: Maurícia da Matta/EC Vitória)

Injeção de ânimo
Não é achismo. Um dos líderes do elenco, o goleiro Fernando Miguel, admitiu que Mancini deu uma injeção de ânimo ao elenco, mas negou que o time tenha feito “corpo mole”.

“O trabalho nunca faltou. E nem disposição, entrega e lealdade ao clube. Às vezes, quando não acontece o resultado dentro de campo, não é por falta de trabalho e comprometimento, mas por uma sequência de situações que nos levam à derrota. Você pode ver que o ambiente hoje é diferente. O astral é diferente. O clube internamente se reorganizou completamente. E as coisas dentro de campo começaram a acontecer. E o clube organizado, a tendência é o crescimento. Esperamos do fundo do coração que a gente consiga sair desta situação (zona de rebaixamento), pois não é o lugar do Vitória”, disse o goleiro em entrevista à Rádio Transamérica FM.

Para dar sequência ao embalo, o rubro-negro volta a campo no sábado, quando enfrentará o Avaí, 19º na tabela e dono do pior ataque da competição, com apenas 10 gols.

Fonte: Correio da Bahia

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