Regulamentação do uso de celulares: Um passo para resgatar a seriedade no legislativo
por Léo de Topó
Nos últimos tempos, a Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas tem se transformado, cada vez mais, em um verdadeiro estúdio de produção de conteúdo. O que deveria ser um ambiente de debate sério e de decisão sobre o futuro da cidade, muitas vezes, se torna palco para transmissões ao vivo, selfies, gravações independentes e postagens que, em vez de contribuir para a transparência e informação da população, desviam o foco do verdadeiro papel do legislativo municipal.
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Diante dessa realidade, surge a necessidade de um projeto que regulamente o uso de celulares, câmeras e outros equipamentos similares dentro do plenário. A ideia é garantir que os vereadores estejam concentrados nas discussões e votações, em vez de produzirem conteúdo para redes sociais ou responderem mensagens durante as sessões. O projeto poderia estabelecer que as gravações e transmissões sejam feitas exclusivamente pelas câmeras oficiais da Câmara, garantindo a publicidade dos trabalhos, sem comprometer a ordem e a seriedade dos debates.
A importância da disciplina e do foco no trabalho legislativo
O papel do vereador é legislar e fiscalizar. No entanto, a proliferação do uso inadequado de celulares tem comprometido a atenção de alguns parlamentares durante as sessões, gerando desinteresse nas discussões e, muitas vezes, atrasando o andamento dos trabalhos. O uso de dispositivos eletrônicos para questões particulares, postagens em redes sociais ou transmissões não oficiais não só desviam a atenção dos parlamentares, mas também prejudicam a imagem do legislativo perante a população.
Rebatendo questionamentos
Diante dessa proposta, é possível que alguns vereadores argumentem contra a regulamentação do uso de celulares no plenário. No entanto, é importante esclarecer que:
Não se trata de censura, pois as sessões continuarão sendo transmitidas oficialmente, garantindo total transparência e acesso da população aos debates.
O foco do projeto não é impedir a comunicação, mas garantir que o uso de celulares não prejudique o andamento das sessões legislativas.
Outros parlamentos já adotam regras semelhantes para manter a seriedade e a ordem dos trabalhos.
Vereadores comprometidos com o povo não precisam de celulares durante as sessões para demonstrar seu trabalho. O que importa são as ações concretas e os projetos defendidos.
A população quer vereadores atuantes, não influenciadores digitais. O plenário deve ser um espaço de discussões relevantes e não de autopromoção.
Propostas para regulamentação
Um possível projeto de lei ou alteração no Regimento Interno da Câmara poderia estabelecer regras claras sobre o uso de celulares e câmeras no plenário, incluindo:
Proibição do uso de celulares durante as sessões, exceto para questões emergenciais e devidamente justificadas;
Permissão apenas para o uso de equipamentos oficiais da Câmara para gravação e transmissão das sessões;
Definição de penalidades para quem descumprir as regras, como advertências e sanções regimentais;
Estabelecimento de um canal oficial de comunicação digital para que os vereadores possam repassar informações ao público sem comprometer a ordem dos trabalhos.
O que diz a população?
Moradores de Lauro de Freitas têm manifestado descontentamento com a postura de alguns vereadores, que parecem mais preocupados em gerar conteúdo para suas redes sociais do que em discutir projetos que impactam diretamente a vida da população. “A Câmara virou palco para likes e compartilhamentos, enquanto os problemas da cidade continuam sem solução”, afirma um munícipe.
A implementação dessas regras não significa censura ou falta de transparência, mas sim um compromisso com a seriedade do trabalho legislativo. A transmissão oficial das sessões continuará acontecendo, garantindo que a população acompanhe o trabalho dos vereadores sem que o plenário se torne um cenário de autopromoção.
Agora, cabe aos vereadores se posicionarem. Quem estará disposto a defender um legislativo mais sério e comprometido com os interesses do povo?
Um minuto, por favor…
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