Câmara aprova projeto de ônibus rosa só para mulheres

Câmara aprova projeto de ônibus rosa só para mulheres em Goiânia

Medida segue para sanção ou veto do prefeito Iris Rezende (MDB). Proposta é que ao menos 30% da frota seja exclusivamente para o público feminino.

A Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei que prevê que parte da frota do transporte coletivo de Goiânia seja de “ônibus rosa”, exclusivos para mulheres e crianças de até 14 anos acompanhadas de uma responsável. A proposta é oferecer mais conforto e segurança para o público feminino durante as viagens pela capital. A medida será encaminhada para a Prefeitura de Goiânia para sanção ou veto do prefeito Iris Rezende (MDB).

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A proposta foi criada pelo vereador Zander Fábio (PEN) há cerca de dois anos.Segundo ele informou ao G1 na época, o projeto foi criado após identificar que as mulheres eram vítimas de assédios dentro dos ônibus.

A medida prevê que os ônibus circulem nos horários de pico, ou seja, entre 5h e 8h, de 11h às 14h e das 17h às 20h. O projeto indica que ao menos 30% da frota seja destinada exclusivamente às mulheres. No entanto, o texto afirma que a porcentagem ideal deve ser informada pela Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos da Região Metropolitana de Goiânia (CDTC – RMTC).

O G1 pediu um posicionamento do órgão a respeito da medida e aguarda posicionamento.

Câmara aprova projeto de ônibus rosa só para mulheres

Frota de ônibus só para mulheres funcionaria nos horários de pico (Foto: Guilherme Mendes/ TV Anhanguera)

Opinião

Usuárias do transporte coletivo ouvidas pela TV Anhanguera afirmaram que são a favor da medida. Ela acreditam que a proposta pode reduzir o número de assédios dentro dos ônibus.

Uma enquete feita pela TV Anhanguera durante o Jornal Anhanguera 1ª Edição mostrou que 41,9% acredita que a medida é um “retrocesso aos direitos de igualdade conquistados pelas mulheres”. Outros 40% são a favor da medida desde que haja veículos suficientes para atender toda a população.

Também nas opções da pesquisa, 17,7% acreditam que a medida vai evitar assédios no transporte coletivo. Nenhuma pessoa foi contra o projeto se a medida piorar a superlotação