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Bolsonaro inclui voto impresso em negociações com o Congresso

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou hoje a dizer que está “conversando com lideranças do Parlamento” sobre a possibilidade de implementar o voto impresso nas próximas eleições. Com o argumento de que o sistema eletrônico seria suscetível a fraudes, mas sem apresentar provas disso, o governante tem defendido a necessidade da comprovação em papel. Na visão dele, “o povo quer” a mudança.

Já estou conversando com lideranças no Parlamento. Quem decide o voto impresso somos nós, o Executivo, e o Parlamento. Ponto final. E, acima de nós, o povo, que quer o voto impresso presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na saída do Palácio da Alvorada No dia do segundo turno das eleições municipais, em 29 de novembro, Bolsonaro já havia sinalizado que faria da defesa do voto impresso uma bandeira do governo.

Até então, o tema era abordado de maneira aleatória pelo presidente, sem indícios de que se tornaria uma demanda concreta. A urna eletrônica passou a ser usada no Brasil em 1996. Desde então, Bolsonaro foi eleito por esse método seis vezes: como deputado federal, em 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, e como presidente, em 2018.

Os três filhos políticos do presidente, Carlos, Flávio e Eduardo, também foram escolhidos em eleições via urna eletrônica. Não há nenhuma evidência de que o método eletrônico seja suscetível a fraudes. As urnas são independentes e não ficam integradas em rede, o que, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), evita qualquer possibilidade de hackeamento.