Ministra da Saúde exonera diretor após escândalo em evento oficial com dança Batcu.
por Léo de Topó
O Ministério da Saúde do Brasil está enfrentando uma crise após a exoneração do diretor de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, em decorrência de uma polêmica apresentação com dança erótica Batcu realizada durante um evento promovido pela pasta. A exibição ocorreu no dia 5 de outubro, durante o 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil, e gerou reações negativas tanto de opositores quanto de aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O vídeo da apresentação, que circulou amplamente nas redes sociais, mostra uma pessoa cantando uma música chamada Batcu enquanto outra realiza uma coreografia erótica no centro do palco, com a plateia aplaudindo entusiasticamente.
O Ministério da Saúde imediatamente condenou o ato e enfatizou que o diretor exonerado assumiu integralmente a responsabilidade pelo episódio. A ministra Nísia Trindade divulgou um vídeo nas redes sociais do ministério no sábado, 7 de outubro, expressando seu desagrado e surpresa com a repercussão do evento enquanto estava em compromissos oficiais em Diadema e Mauá, no estado de São Paulo.
“Infelizmente, fui surpreendida por esse episódio ontem e venho, por meio deste vídeo, me desculpar sinceramente pelo ocorrido”, declarou a ministra. Em uma nota oficial, o ministério classificou a apresentação como “inadmissível” e reiterou seu compromisso com a saúde da população, bem como com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando uma visão inclusiva e o respeito à diversidade e à democracia.
Após a controvérsia, o Ministério da Saúde anunciou a criação de uma curadoria de eventos, que será vinculada ao gabinete da ministra, com a finalidade de avaliar as participações propostas em eventos oficiais. Além disso, parlamentares da oposição enviaram requerimentos de informação para apurar os nomes dos responsáveis pelo evento e os gastos realizados pela pasta. A ministra está obrigada a fornecer essas informações ao Congresso Nacional no prazo de 30 dias, sob pena de possíveis consequências legais, como o enquadramento no crime de responsabilidade e afastamento do cargo.
A controvérsia em torno dessa apresentação ressalta a importância de um escrutínio rigoroso dos eventos e atividades promovidos pelo governo, especialmente na área da saúde, onde a responsabilidade e o respeito à ética e à diversidade são fundamentais para manter a confiança da população e garantir a eficácia das políticas públicas de saúde.
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