Atriz Ellen Roche já sofreu abuso sexual e conta como reagiu

“Andava com um spray de pimenta na bolsa. E se alguém tentasse me agarrar, mesmo no ônibus, eu tacava na cara de quem tentasse”, disse a atriz

Atriz Ellen Roche… Convidada do Encontro com Fátima Bernardes desta sexta (3), Ellen Roche abriu o jogo sobre uma questão bastante atual: o abuso sexual. A atriz revelou que, como acontece com muitas mulheres, já passou por situações constrangedoras no transporte público e encontrou uma maneira de se defender.

Ao longo da minha vida, acho que aconteceram umas quatro ou cinco vezes isso. Uma foi no ônibus, outra eu andando na rua, pararam o carro e tentaram me puxar para dentro.

A “solução” encontrada por Ellen foi fazer uso de spray de pimenta.

 Atriz Ellen Roche

Andava com um spray de pimenta na bolsa. E se alguém tentasse me agarrar, mesmo no ônibus, eu sacava o spray e tacava na cara de quem tentasse. Foi assim a minha forma de me defender. Também já fiz denúncia, mas me senti sem voz.

Fonte: vejasp

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O abuso sexual se refere a qualquer ação que pressione ou coaja alguém a participar de atos sexuais que a pessoa não deseja. Também pode se referir a comportamentos que impactem a capacidade de alguém de controlar sua atividade sexual ou as cirscuntâncias em que ela ocorre, incluindo sexo oral, estupro ou a restrição ao acesso a anticoncepcionais e camisinhas.

É importante saber que só porque a vítima “não disse não” não significa que ela tenha dito “sim”. Quando uma pessoa não resiste a um avaço sexual indesejado, não significa que ela consentiu. A forma mais básica de abuso sexual por agressores é a obtenção de sexo através da promessa insincera de amor e carinho. E, em qualquer relacionamento em que haja algum tipo de abuso, a vítima não pode ser tida como capaz de consentir, mas apenas de se submeter.

Algumas pessoas pensam que se a vítima não resistiu, não conta como abuso. Isso não é verdade. Qualquer ato sexual indesejado é abuso. Ainda que a vítima goste do sexo de alguma forma, se ela é pressionada a realizar o ato, é abuso sexual. Às vezes resistir fisicamente pode fazer com que a vítima corra o risco de sofrer mais abuso sexual ou físico.

Esse mito é prejudicial, porque faz com que seja mais difícil a vítima falar sobre o abuso e mais provável que ela culpe a si mesma. Tenha ela sido drogada, pressionada, intimidada ou obrigada a agir de certa forma, nunca é culpa da vítima.